segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nem tudo são flores.

Imagine uma pessoa que quer ter tudo na vida. Tudo. Seja lá o que for, ela quer. Bem, eu não sou uma dessas pessoas, mas você oode ter certeza absoluta de que essa pessoa com certeza vai acabar achando o que procura em São Paulo. Não, não estou puxando o saco da cidade, e olha que vivo falando dela; é simplesmente uma realidade, uma coisa que acontece.

Escrevo tudo isso no intervalo da janta, com um olho no iPad e outro no fogão, onde o pão de queijo assa pra comermos todos juntos mais tarde, minha tia, o namorado dela, o Pedro e eu. E enquanto isso, o Pedro configura o pc da mãe dele pra acessar uma videoconferência direto da cidade das mangueiras.

Esses dias em São Paulo foram poucos pra tudo que eu quero fazer, mas tenho feito um monte de coisas legais, tanto pra mim quanto pra todo mundo que está ao meu redor. *pausa pra olhar o forno* Aliás, cozinhar é uma delas. Ontem fiz um bolo, especialmente em homenagem à Momo, porque eu tinha vagamente prometido que ia cozinhar alguma coisa pra ela um dia. E o dia acabou sendo ontem... O bolo não saio um daqueles bolinhos lindos da Tudo Bolo, mas até que ficou bom pra quem nunca tentou fazer tudo sozinha, estava com falta de ingredientes e ainda teve que bater tudo na mão.

Falando em Momo, passear com ela hoje foi muito bom. Eu tinha quase esquecido de como nos divergimos juntas, não só com ela, mas com o Hitori, Davkas e o Ed também... Claro que o Pedro foi junto, ele me odiaria pra sempre se eu não levasse ele pra curtir com o pessoal. Minha afinidade com o pessoal daqui, especialmente a Momo, é algo que faz todo mundo se perguntar se realmente é tão impossível assim conhecer pessoas de longe e ainda assim ter bons laços de amizade.

Mas, como diz o título do meu artigo, nem tudo são flores. Estar em Sao Paulo me fez perceber que ando com uma saudade terrível dos meus pais, uma saudade de um jeito que nunca senti antes por mais ninguém, e se duvidar que nunca sequer senti por eles mesmo antes. Já estive longe algumas vezes, mas estar aqui agora me faz lembrar sempre que isso é como se fosse um ensaio para a vinda total, onde vou passar um ano e meio, e ainda não sei bem como vai ser, mas sinto muita falta deles...

Tem gente que vai achar estranho o que eu digo aqui, mas sinto falta das brigas e dos desentendimentos de todo dia. Não que o Pedro e a Vera não discutam, mas é diferente....

*uma leve revirada dos pães de queijo depois...*

Sinto falta da intimidade que tenho em casa. Sinto falta de almoçar a comida da minha avó, de ficar ouvindo as piadas meio sem graças do vovô, de ouvir a mamãe gritando porque Tá estressada com alguém... Sei lá. Sabe aquela história de "a gente só dá valor quando perde"? Pois é. Vai ver é assim mesmo...

Sei que passar todo esse tempo longe, tendo ainda menos notícias que agora (quando começarem as aulas vou chegar muito tarde e vai ficar mais complicado de se achar), vai ser bem difícil de se acostumar, mas eu tô torcendo pra que essa fase de adaptação passe logo. Quero muito fazer minha pós em paz, e quero que esse seja um excelente primeiro passo pra minha carreira profissional... Mas que esse passo Tá sendo bem difícil, Ah, isso Tá...

Resolvi seguir um conselho de um tempão atrás, quando o Padre disse pra eu participar mais da comunidade. Me ofereci pra dar aula de inglês na igreja aqui do bairro... Sem falar que tenho ajudado a Vera em algumas coisas. Ainda não consegui estabilidade o bastante pra providenciar a bateria e o francês, mas aos poucos vou arrumando tudo por aqui.

E assim termina mais um dia longe de casa...


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